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segunda-feira, setembro 19, 2005

amiga

Minha amiga
como fios de seda sinto os teus cabelos agitando-se
quais chicotes que me acariciam as pupilas
castigando a ousadia de amar.
E na alva arquitectura do teu rosto
sinto os teus olhos como luas
que iluminam as noites do meu desespero
povoadas por estrelas errantes e incorpóreas.
Amiga minha
o teu olhar derrama as lágrimas
de milhões de constelações feitas e refeitas
pela tua voz quando assoma entre os teus lábios
num sussurro de criação divina
de palavras-carícia
elevadas dessa alma que bate
tão vincadamente.
Entenderás quão formosa é a tristeza
quão límpida é a lágrima que cai
que em dor profunda contrai a majestosa beleza?!
E no fim de tudo és um pensamento
meu
de luz pura.

2005.09.19
Ele

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