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quinta-feira, agosto 31, 2006

gira o catavento


Gira, gira o catavento
Volteia cortando o ar
Empurrado pelo vento
Roda certo sem pensar.

Num eterno lamento
Diz-me coisas sem falar
Em segredos que conta
Num suave murmurar.

É um vento exaurido
Que parece o suspirar
De um coração ferido
Por não poder amar.

Podias ser catavento
Galo, peixe ou pavão
Afinal és uma flecha
Disparada ao coração.

E este vento amigo
Que traz o teu perfume
Faz-me sonhar contigo
E alimenta-me este lume.

Pára quieto catavento!
E deixa-me descansar
Porque já não aguento
Todo este rodopiar.

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