É manhã de luz suave
Ofertando esperança
A dois vivos corações
Os dois numa só dança
E chega o Sol ao pino
No ardor desta emoção
Rodopia em desatino
Tão magna exaltação
Ai, co’as sombras da tarde
Arrefecido esse olhar
De fogo que já não arde
Vejo o fim a aproximar
E à noite, morto o sentir
Vai a alma desamparada
Na fé de repetido porvir
Vagueia só, tresloucada
Buscando aquele sorrir
Luz suave, na alvorada.