palavras gastas
sem sentido
palavras perdidas
entediantes
desconhecidas
palavras maltratadas
amputadas
escorraçadas
desprezadas
desamadas
são as palavras que jazem
nos dicionários e livros
dos modernos e dos antigos
desaprendidas e esquecidas
essas pobres palavras
nas línguas das novas bocas
imberbes, pueris e loucas
lentamente, os signos transfiguram-se em símbolos
repetidos à exaustão nesta sociedade alucinada
drogada em miragens e discursos visuais estéreis
que transformam palavras em seres hostis
mas esta pequena palavra
que ficou aqui, assim, esquecida
quieta, serenamente adormecida
em que pego ternamente
como num passarinho doente
e coloco letra a letra
dentro de mim, suavemente
sem temer qualquer perigo
guardo-a para usar generosamente
esta simples palavra “amigo”
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quarta-feira, junho 20, 2007
segunda-feira, outubro 03, 2005
amizade
Começo por tentar transformar tudo em palavras
E assim se ficam, apenas palavras
Palavras que não sabem dizer tudo
Palavras que não conseguem reduzir os sentimentos
Sentimentos vorazes de ternura, carinho e amizade
Amizade indefinida, deformada nas vertigens de um ser alado
Ser alado, complexo, com asas que brincam no vento
Vento que sopra as nuvens e empurra um anjo
Anjo expulso, revolto, que decide tocar-te
Tocando-te solta o teu, e o dele/meu sorrisos
Sorrisos cúmplices… de amizade
Onde deixaste esquecida
A parte que em ti buscava?
A sensibilidade do ser
O sopro de qualquer vida?
Em horas para sempre esquecidas
Com a bela lua no céu iluminada
Em que a memória de ti me dava alento
Como o sol a uma flor na alvorada
Acreditava na simples felicidade
Do teu sorriso poder contemplar
Numa partilha entre amigos
Num simples e inocente relacionar
Mas, iludido, não sabia que fugias
Num profundo desconfiar
E eu, num aperto de alma atroz
Buscava no teu silêncio as respostas
Sem te ver, sem ouvir a tua voz
E esta paixão, assim, tão delicada
Querendo uma amizade desejada
Mas para ti incompreendida
Deixa a minha existência desolada
Onde deixaste esquecido
Aquilo que em ti procurava?
A capacidade de ser amiga
De quem de ti tanto gosta(va)?
Ele
2005-10-03
E assim se ficam, apenas palavras
Palavras que não sabem dizer tudo
Palavras que não conseguem reduzir os sentimentos
Sentimentos vorazes de ternura, carinho e amizade
Amizade indefinida, deformada nas vertigens de um ser alado
Ser alado, complexo, com asas que brincam no vento
Vento que sopra as nuvens e empurra um anjo
Anjo expulso, revolto, que decide tocar-te
Tocando-te solta o teu, e o dele/meu sorrisos
Sorrisos cúmplices… de amizade
Onde deixaste esquecida
A parte que em ti buscava?
A sensibilidade do ser
O sopro de qualquer vida?
Em horas para sempre esquecidas
Com a bela lua no céu iluminada
Em que a memória de ti me dava alento
Como o sol a uma flor na alvorada
Acreditava na simples felicidade
Do teu sorriso poder contemplar
Numa partilha entre amigos
Num simples e inocente relacionar
Mas, iludido, não sabia que fugias
Num profundo desconfiar
E eu, num aperto de alma atroz
Buscava no teu silêncio as respostas
Sem te ver, sem ouvir a tua voz
E esta paixão, assim, tão delicada
Querendo uma amizade desejada
Mas para ti incompreendida
Deixa a minha existência desolada
Onde deixaste esquecido
Aquilo que em ti procurava?
A capacidade de ser amiga
De quem de ti tanto gosta(va)?
Ele
2005-10-03
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