Pesquisar neste blogue

Mostrar mensagens com a etiqueta petulante. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta petulante. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, outubro 17, 2008

A briosa tartufa

num limbo incerto
estou
e um cavalo xairelado
está
pastando languidamente
no ervascal
.
e o silêncio
.
em contra-luz
ela
sob a xamata persa
de pé
imóvel
no limite do horto
desligada do pensamento
parada na memória
de alguém
atirado ao origma
num tempo longínquo
quando as flores
minúsculos botões
suspensos
aguardam
ainda
o raiar da luz
que as avelhenta
.
no outro canto
eu
ávido
de um olhar alegre
aguardo
incauto
do teatro
que mulher
e cavalo
aviam
o regresso
da Lua
e a verbena
que reunirá
as bacantes
.
por dentro
sorri
ela
petulante
.
por dentro
arrefeço
e
esqueço
.