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segunda-feira, agosto 08, 2005

Doce murmúrio de espuma

Doce murmúrio de espuma
suave refluxo de mar calmo
rasgando entre as pedras da baixa-mar
que finos raios de prata reflectem do luar
como cabelos teus flutuando
que libertam odores de ti
num breve abrir dos teus lábios
e dos olhos um ténue pestanejar
em teu sabor de amar

sonha o seixo que rebola
pela areia molhada na tua direcção
animado de espiritual emanação
ganham vida as coisas
pensando que são seres
desejando celebrar-te
como a que irradia vida
no teu toque de menina
pura, cristalina e divina

sábado, julho 09, 2005

Apenas uma palavra

Espero uma palavra
simples
pequena
inocente.

Que não chega.
E porque não chega
o vento Norte sopra-me
incessantemente
o teu nome.

E na noite estéril e desértica
olham-me os teus olhos
repetidos aos milhares
brilhando no firmamento.

E a palavra não vem
essa simples palavra
qualquer.

Sopra repetido
o vento Norte e
perdido na imensidão da terra
esqueço-me de mim.

Mas nunca me esqueço de ti.
Nem dessa palavra que tarda.

Mesmo aqui
tão longe do mar
escuto o marulhar das ondas
que se perdem na areia da praia
e também elas

me murmuram o teu nome
ao infinito.

Uma palavra apenas
saída dos teus lábios.
Uma palavra simples
pequena e inocente
que não chega.

Mesmo aqui
tão longe do vento Sueste
consigo ouvi-lo

açoitando as rochas
e empurrando o mar para ti.
Também ele repete o teu nome.

Peço ao vento Norte
que vai para o Sul
que te diga
para me mandares

uma palavra…
simples
pequena
inocente…
uma palavra qualquer.

sexta-feira, julho 08, 2005

tu

És o motivo deste louco sentimento
És a brisa que leva o meu barco
por esse imenso céu azul…
E suspiro em busca da tranquilidade
que só posso encontrar nos teus lábios
E murmuro palavras inconscientes
que me gritam por um terno e doce querer…
Mas não vens, não falas, não escreves,
não te vejo.
Será que existes?

quinta-feira, julho 07, 2005

ignoras-me

ignoras-me tu, luz do dia
não me respondes, não me ligas
é medo, repulsa ou maldade?
espero todos os dias uma palavra
apenas uma
simples
como um olá
ou um bom-dia

e esse silêncio de chumbo
que voga pelos dias
é grito de prata, ensurdecedor,
na calada das noites

porque me ignoras assim,
se só quero um sorriso?
apenas.

ignoras-me tu, luz do dia
não me respondes
não me ligas
é incómodo, ridículo ou jogo?
espero todos os dias uma palavra,
apenas uma
mesmo escrita bastava.

e nesse silêncio de chumbo
que voga pelos dias
e nessas noites em que o silêncio de prata
grita, e o meu peito se aperta
afogo a multidão de vozes de ouro
que me murmuram o teu nome