Eu tenho um cartão
Com cor de salmão
De sóice do PSD
Mas em 2015, já sê
Não voto o costume
Tô farto do estrume.
Qué’iss amamentar
PPP’s, banqueiros
E demais porcaria?
Posso lá sustentar
Tantos politiqueiros
Tanta rebaldaria?!
Com o País a errar
Exigiram-nos o pior
P’ro poder emendar.
Mas ficámos a nu
Eles vivendo melhor
Nós levando no cu.
Quer seja bom ou ruim
Hei-de votar diferente
Em 2015, lá no boletim
Vai cruz num emergente
Irei portanto, e assim
Apostar noutra gente.
Efe - 2014-11-21
Colectânea de Poesia kitschunga