Espero uma palavra
simples
pequena
inocente.
Que não chega.
E porque não chega
o vento Norte sopra-me
incessantemente
o teu nome.
E na noite estéril e desértica
olham-me os teus olhos
repetidos aos milhares
brilhando no firmamento.
E a palavra não vem
essa simples palavra
qualquer.
Sopra repetido
o vento Norte e
perdido na imensidão da terra
esqueço-me de mim.
Mas nunca me esqueço de ti.
Nem dessa palavra que tarda.
Mesmo aqui
tão longe do mar
escuto o marulhar das ondas
que se perdem na areia da praia
e também elas
me murmuram o teu nome
ao infinito.
Uma palavra apenas
saída dos teus lábios.
Uma palavra simples
pequena e inocente
que não chega.
Mesmo aqui
tão longe do vento Sueste
consigo ouvi-lo
açoitando as rochas
e empurrando o mar para ti.
Também ele repete o teu nome.
Peço ao vento Norte
que vai para o Sul
que te diga
para me mandares
uma palavra…
simples
pequena
inocente…
uma palavra qualquer.
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