encontrei os teus olhos escuros
num edifício enorme
sobranceiro ao mar
de ondas revoltas
que se quebram
nas minhas mãos
provenientes dos confins
dos universos que habito
Encontrei-te ontem
e antes disso
sorriste também
mas não era alegria
e sim apreensão
nervosismo, receio
de te perderes
nos universos que me habitam
És apenas uma miúda
que tudo vê de um só ângulo
ainda não aprendeste a coragem
de quem caminha na chuva
de quem não teme molhar-se
de quem não estremece com trovões
encolhida, nada adianta
o universo tudo contém e absorve
tudo molha e tudo seca
como o universo que habito
nos teus olhos escuros.
Há muito que não vinha aos poemas em azeite.
ResponderEliminarEm azeite,
aguentam-se um ano ou mais ...
Um abraço