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quinta-feira, julho 30, 2020

As papas




As papas da sua mãe 

Na mesa ainda arrumada
Em tacho meão fenece
Cálida, do fogão retirada
A papa bem cozinhada
Jaz, quente, e arrefece. 

 Raiada a pele em sulcos
Atrai olhares famintos
E uns apetites vorazes
De barrigas em tumultos
Comilonas bem capazes

Assim, acabadas de fazer
São estas papas de milho
Papas ca mãe oferece
Comida boa podem ver
Da mãe para o seu filho
Jaz, quente, e arrefece. 

Tapo o tacho com aspas
Das papas da sua mãe
No fim… só há “raspas”

efe (colectânea de poesia kitschunga)

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