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quarta-feira, setembro 20, 2006

uma alegria que flui

Em desmaiadas estrelas
anunciada alvura do dia
aparta-me os braços
da noite enlaçados
na memória ferida

Abro os olhos
e observo detalhes
da beleza que cerca
apagando resquícios
de perfídia

Escuto o som outonal
em melodia
que o vento toca
como bom jogral

Melancolia ultrapassada
desperto agora
da mágoa superada
em pujante e deliciosa
alegria.

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